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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Empresa fará mineração de recursos naturais em asteroides daqui 2 anos...


Físicos e especialistas da ciência afirmam que, no ano de 2030, a humanidade vai consumir 200% de todos os recursos do planeta. Essa porcentagem representa o valor total dos recursos gastos, incluindo as fontes renováveis e não renováveis. Mesmo com a tecnologia avançando para tornar nossas ferramentas cada vez mais renováveis, ainda assim elas seriam em quantidades finitas.

Mas, ao que parece, o céu é o limite. E pode-se dizer que é literalmente, já que uma nova empresa de mineração, a Planetary Resources Inc., planeja criar soluções para tentar resolver ou minimizar os recursos naturais não renováveis da Terra. O objetivo da companhia é um só: transformar recursos finitos em virtualmente infinitos através da exploração de minérios, água e metais preciosos (ouro e platina), que podem ser encontrados em asteroides que orbitam o Sol. Contudo, não espere a criação de colônias humanas nesses asteroides; a exploração e mineração será feita esclusivamente por robôs.

A iniciativa traz como principais investidores Eric Anderson, da Space Adventures, e Peter Diamandis, criador da X Prize Foundation. Entre outros empresários que participam do projeto estão Larry Page e Eric Schmidt, do Google, Charles Simonyi, um dos mais antigos programadores da Microsoft, e Ross Perot Jr, um famoso executivo do Texas.

Qual é o plano?

A ideia da Planetary Resources de explorar asteroides existe desde 2010, mas só foi anunciada oficialmente na semana passada. Os envolvidos sabem que as chances de dar errado são muito grandes - assim como em toda aventura espacial -, mas, no que depender dos especialistas, um possível fracasso não será por falta de planejamento.

Isso porque o projeto será realizado em três fases. A primeira vai reunir uma série de telescópios espaciais na órbita terrestre que fará a busca por asteroides próximos e propícios à mineração de recursos. Cada um dos telescópios possui 9 polegadas e eles poderão identificar asteroides de tamanhos diferentes a partir do final de 2013, quando devem entrar em operação.

Após localizar os asteroides ideais, inicia-se a segunda fase do projeto, quando robôs farão as primeiras tentativas de extração de materiais voláteis, como água, oxigênio e nitrogênio. O objetivo, nesse caso, é criar uma espécie de Posto Espacial, onde naves - robóticas ou não - possam se reabastecer e prosseguir viagem, já que enviar água e outros elementos essenciais para a operação de missões em órbita custa caro (1 litro de água chega a custar US$ 20 mil para ser levado até a Estação Espacial). Com a mineração de recursos naturais direto dos asteroides espaciais, ficaria muito mais fácil e barato realizar mais atividades no espaço.

Por fim, a terceira parte consiste na mineração de fato. Com o controle de robôs, estruturas serão lançadas em asteroides ricos em metais nobres, como platina, ouro e paládio. Estudos comprovam que um único asteroide pode ter uma quantidade maior de plantina ou metal do que todos os já extraídos na Terra. Isso poderia mudar completamente alguns setores da indústria, como a de carros elétricos, por exemplo, pois a produção de material e baterias para esses veículos seria muito mais eficiente.

Quando?

A Planetary Resources não planeja fazer o lançamento dessa iniciativa em um futuro distante. A empresa afirmou que já começou a montagem dos primeiros satélites que devem entrar em órbita até o final de 2013 e final de 2015, quando terá recrutado os astronautas que vão comandar os robôs. Ao final desses cinco anos, a companhia vai lançar um conjunto de naves para realizar uma projeção detalhada dos candidatos selecionados para só então enviar as máquinas robóticas aos asteroides, fazer a extração do mineral e refinar os elementos coletados antes de serem enviados para o planeta Terra.




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